quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Aproveitando minhas últimas horas com 23 anos...

Admito que estou morrendo de medo de completar os 24, já que 24 são quase 25, 25 quase 30, 30 quase 40, 40 quase 60...

Na realidade, eu estou mesmo é cansada. Cansada dos horários, das reuniões, dos padrões, engarrafamentos, engarrafamentos e compromissos...de ter a casa sempre por arrumar (ela nunca está impecavel), dos vazamentos, das revisões, dos rolamentos, dos treinos e das enrolações...aaah e da dissertação! Dessa sensação de que a nossa velocidade está sempre diminuindo e a da vida só aumentando. Que não importa o quanto você se esforce, sempre vai faltar alguma coisa pra fazer, que vai sendo adiada até nunca mais. A tristeza que é a gente ir deixando de acreditar em Papai Noel e "de repente, não mais que de repente!, perder a fé na raça humana. Aprender a não chorar com aquele corte no joelho e já não dar a mínima pras feridas abertas no coração. E a tendência é piorar!




Quando a gente tem um objetivo de vida, foco, um desejo a ser alcançado, fica muito mais fácil. Afinal, nós, como os cães, aprendemos com reforços positivos e negativos e com recompensas. minha sensação é de que eu não tenho muito o que esperar, "como se a vida terminasse ali, no fim do corredor". Não sinto frio na barriga nem animação em pensar em apresentar a minha dissertação. Não acho que isto seja grande coisa. Já não dou a mínima quando as pessoas não me levam em consideração, ou quando decidem por mim. Nenhum desejo em mim é tão forte que eu não abra mão dele sem pestanejar, pelo desejo de alguém, só pra não perder a companhia.

Eu costumava ficar muito feliz em vencer etapas na minha vida: terminar o colégio, passar no vestibular, terminar a graduação, arrumar um emprego. Mas eu fui descobrindo que as oportunidades que surgem nem sempre são aquelas que a gente esperava e muita coisa promete, mas só promete. Agora eu estou tomada pelo medo de ficar tão atolada em obrigações imediatistas que eu não seja mais capaz de fazer planos de longo prazo ou simplesmente dar um reboor na vida e seguie em outra direção, que as frutas não sejam mais tão doces e os amores tão quentes. E manter o corpitcho bacana está cada vez mais difícil.

Não venha me dizer que eu preciso de um psicólogo, psiquiatra, antidepressivos, missas, cultos, orações, passes, farras, viagens ou qualquer coisa do tipo. O que eu realmente acredito é que eu tenho a alma muito mais velha do que a minha idade do RG e ela anda tentando evitar a fadiga. Como eu "sou um animal sentimental, me apego facilmente ao que desperta o meu desejo", vou tomar muitos chocolates quentes e procrastinar até que alguma coisa acorde o meu Smaug.



ps.: Este post deveria ter sido publicado pouco antes da meia noite, se eu não tivesse fechado o navegador sem querer e tido que digitar tudo outra vez. Parabéns pra mim!

quinta-feira, 25 de julho de 2013

"Se eu fosse um cara diferente, sabe lá como eu seria"



Pra mim, amar alguém é querer ver a pessoa amada feliz. Não que você deva contar piadas sem parar até que ela sufoque e morra de tanto rir = morreu feliz! Não que você deva enviar flores, chocolates, presentes toda semana, todos os dias...


Amar alguém é aceitar cada qualidade e defeito, com direito de reclamar de vez em quando, é claro. Aceitar os defeitos é parte do processo de avaliação de risco, ou seja, ou você aceita aquela pessoa pra amar, mesmo com os defeitos, ou aceita o risco de deixar ela passar e esperar que a próxima seja melhor.


 Feliz é quem se sente satisfeito com o que é e com o que conseguiu conquistar. 
Quem tem orgulho dos desafios que superou, se olha no espelho e sorri.


Eu posso dizer que sou feliz. Pq? Pq eu não dei o melhor de mim em tudo o que tentei. Pq eu não fiquei mais algumas horas sem dormir pra estudar todo o assunto. Pq eu tô satisfeita com um B em microbiologia =D. Pq eu resolvi me dar mais uma hora de sono e simplesmente chegar brutalmente atrasada ao trabalho, mesmo que isso seja só pq eu fiquei jogando WOW no computador até tarde na noite anterior. Pq eu resolvi deixar a louça pra lavar só amanhã. Pq eu prefiro ir almoçar em um lugar que eu goste ao invés de ficar me forçando a comer no mais barato. Pq eu sabia que ia chover mas resolvi não levar o guarda-chuva, só p ver se dava a sorte de tomar um belo banho daquelas chuvas fortes repentinas de Recife. Pq eu deixei que pensassem o que bem quisessem sobre mim simplesmente pela preguiça de sorrir, de cumprimentar, de ter paciência pra explicar mais uma vez que eu não tive culpa, que não foi minha intenção, que eu não sou bem assim ou sempre assim... Pq "foi o que eu podia dar, você não entendeu"!



Consciente dos riscos, eu dei o que podia dar e pude receber de peito aberto o que me cabia.


































A melhor coisa do mundo é saber que a maior parte do que acontece na sua vida é fruto da sua própria correria e daquela parada pra descansar na hora errada, daquele dia de fúria, de preguiça, de benevolência, se saudade e, principalmente, de inspiração.


Hoje, eu sei que eu sou feliz e que sei amar, amar muito, principalmente a pessoa que menos recebeu o meu amor por muito tempo EU!